Segundo pesquisa do SPC, a cada 4 brasileiros que têm dívida no cartão de crédito, 1 entra no crédito rotativo
Conhece o crédito rotativo? Pois então, este é o valor mínimo de pagamento de faturas de cartão de crédito disponibilizado pelas instituições financeiras. Na hora do aperto, esse tipo de parcelamento é muito utilizado pelos brasileiros.
Ele é conhecido como um miniempréstimo, no qual a quantia não paga é cobrada na próxima fatura com taxas de juros incididas. Por isso, apesar de ajudar em situações emergenciais, abusar desse recurso pode levar ao endividamento. Veja abaixo, o que é crédito rotativo e como funciona.
Entenda o crédito rotativo
Como citamos acima, um dos exemplos mais usados para entender o que é crédito rotativo é o valor mínimo de pagamento de uma conta de cartão. Porém, esse conceito se aplica a qualquer operação em que o total do débito não é quitado.
Quando ocorre o crédito rotativo, o consumidor tem duas opções: somar a próxima parcela com o valor não pago e quitar a dívida, ou prolongar o débito, com novas prestações, até que acabe com a inadimplência.
Por exemplo, se você tem uma conta no valor de R$ 800 e a quantia mínima de pagamento é de R$ 140, os juros serão cobrados no montante que restou: R$ 660. Tanto nas agências físicas como nas plataformas digitais, você poderá consultar o número de prestações disponíveis e as taxas incididas.
Esse tipo de transação só é possível uma vez ao mês — caso não consiga fazer o pagamento integral —, mas se essa situação se repetir, busque conversar com a sua instituição financeira para saber há outra linha de crédito disponível para você.
Saiba sobre as normas do crédito
Desde 2018, novas medidas foram tomadas pela CMN (Conselho Monetário Nacional), com o objetivo de diminuir os valores de taxas de juros incididos na operação de crédito rotativo.
Apesar das mudanças, algumas regras regulares ainda são vigentes, como o uso desse recurso uma vez ao mês e a possibilidade de parcelamento — caso não seja efetivado o pagamento total. Veja abaixo a nova regra rotativo do cartão de crédito, que pode influenciar o seu bolso.
Pagamento mínimo do valor
Antes das mudanças serem efetivadas em 2018, havia a regra que todo pagamento mínimo tinha o limite de crédito rotativo de 15% do valor da fatura. Agora, com as novas medidas, para não ser considerado um mau pagador, ou seja, inadimplente — com incidência de multas —, esse valor mínimo é decidido pelo banco.
Taxas de juros
Com as novas medidas adotadas pelo CMN, as taxas de juros possuem o mesmo valor, independentemente se você está com as contas atrasadas ou não. No entanto, as instituições financeiras ainda podem incidir o percentual de 2% sobre o valor, e juros que vão até 1%.
A norma antiga era diferente. As taxas eram cobradas de forma distinta, dependendo do seu compromisso com o pagamento, ou seja, aqueles que optavam pelo crédito rotativo tinham juros menores. Enquanto os consumidores que não pagaram eram considerados devedores e ficavam à mercê de valores exorbitantes.
Vale a pena usar o crédito rotativo?
Este é um modelo de negócio — entre instituições financeiras e consumidores — que tem “salvado” os brasileiros em tempos de recessão e crise financeira. Contudo, é importante lembrar que o crédito rotativo também abre portas para o endividamento a longo prazo com encargos do rotativo do cartão de crédito.
Os juros incididos no crédito rotativo é um dos mais altos do mercado financeiro. Por isso, quando opta pelo parcelamento, além das taxas, os encargos acumulados de cada mês estão incluídos também no valor da prestação.
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